Craquelados, holográficos e secagem instantânea são algumas das apostas das empresas para fazer o setor de esmalte continuar crescendo em 2011. O aumento de coleções anuais e a entrada de novas marcas no mercado apontam um desenvolvimento ainda maior da indústria até o fim do ano. Os últimos meses demonstraram que a explosão de 2010 continua seu caminho e a previsão, de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), é que o setor movimente R$ 600 milhões até o fim do ano.
De olho nesta nova força de consumo, marcas de outras categorias como Arezzo, O Boticário, Beauty Color e Chilli Beans decidiram este ano investir nos pequenos vidrinhos de tinta e lançaram linhas próprias. O mercado brasileiro de esmaltes de unha se tornou o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a Abihpec e começa a ser cobiçado pelos estrangeiros. Já desembarcaram por aqui a alemã Alessandro e a americana Sally Hansen e em novembro é esperada a chegada da marca OPI nos pontos de venda do país.
As empresas conseguiram transportar o vidro de esmalte das prateleiras das farmácias e perfumarias para lojas conceituadas e o transformou em artigo de moda, ganhando até um evento de desfiles. A categoria continua próspera para as novas e antigas marcas, que já somam mais de 50 atuando no Brasil. Em meio a tanta concorrência, as empresas buscam diariamente fórmulas para conquistarem as consumidoras e se destacarem nas prateleiras, com estratégiasguardadas a sete chaves pelas companhias.
O último ano trouxe queda para as marcas líderes no setor de esmaltes, apesar do crescimento de 48,59% da categoria em relação ao ano anterior. Segundo dados da Nielsen, a Risqué, da Hypermarcas, registrou retração de participação de 41,6% para 38,1%, em valor, e de 35,8% para 33,9%, em volume. Já a vice-líder Colorama, da L’Oréal, perdeu terreno no volume comercializado, caindo de 29,4% para 28,5%, mas ganhou uma pequena participação em valor, de 30,3% para 30,5%, entre 2009 e 2010.
O aquecimento do mercado abriu espaço para o crescimento de outras empresas e o desenvolvimento de novas marcas nacionais. De acordo com o levantamento, no mesmo período, a Impala viu sua participação em volume e valor sair de 10,9% para 13,8%, depois da aquisição pela Mundial, no fim de 2008. A mudança levou a marca para todas as regiões do país e fez com que os lançamentos das coleções seguissem o calendário de moda.
“A Impala ganhou uma visibilidade, distribuição e renovação que não tinha anteriormente. Enquanto no país, a categoria de esmaltes cresceu 31,5% entre maio de 2010 e maio deste ano, a Mundial Impala expandiu 56% no mesmo período”, explica Isabela Amado, Coordenadora de Comunicação e Marketing da Mundial Impala, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Neste cenário, empresas desconhecidas ainda do grande público ganham cada vez mais a preferência das consumidoras pela ousadia e inovação nas coleções. É o caso da Big Universo, que nasceu na década de 1970 na baixada Santista, mas ganhou destaque apenas após um reposicionamento da marca em 2009. Com o lançamento do Matt Plus, a empresa se tornou conhecida por vender o primeiro esmalte fosco 100% nacional.